sábado, 31 de julho de 2010

Pequenos balões de Apoline




O cachecol azul tapava-lhe a boca , mas a a alegria demasiada estampava-se durante toda a sua face e aquele sorriso amarelado jamais poderia ser omitido, mesmo nunca tendo sido revelado. Sua viajem naquele balão antigo guiava-se de forma mais rápida, sem mais tormentas. Apoline retirava delicadamente algumas pétalas de roseiras alaranjadas do buquê que ganhara antes de alçar voo, queria compartilhar do seu presente com as nuvens. Nuvens que com suas diversas formas construíam um mundo diferente e místico; Apoline adorava isso, pois as coisas mais belas e amadas eram sempre apreciadas pelos seus orbes em forma de pequenos plumas de algodão. As pétalas vagavam de forma doce, criando um contraste divino com o azul celeste daquela manhã , e assim como elas, sem rumo, Apoline seguia a sua guinada imprecisa, satisfeita com o resultado que obtivera depois que a chuva se passara, o sol adormecera, e o vento acalmara-se.

Nenhum comentário:

Postar um comentário