sexta-feira, 22 de outubro de 2010
Retalhos
quarta-feira, 20 de outubro de 2010
O que não fica
Ainda não havia feito toda a leitura daquele, estava perto, mas ainda não no fim. Engoliu a seco algumas vezes, como se prendesse algo dentro de si, e suspirou em outras, como se o alívio o houvesse dominado inteiramente. Seus olhos corriam apressados até chegarem à penúltima linha da carta, onde os mesmos foram reduzidos a uma lentidão brusca. “Não te deixes dissolver, lembre-se. Lembre-se de todas estas palavras que acabastes de ler”; eram as últimas palavras, logo sobre o Desconhecido. Uma onda de lágrimas deslizou sobre a sua face e gotejou o papel: estava tudo manchado e perdido.
sábado, 9 de outubro de 2010
Escuro
quarta-feira, 29 de setembro de 2010
As mesmas faces, os mesmos sons, e as impressões desagradáveis de sempre
sexta-feira, 17 de setembro de 2010
Registros
sábado, 28 de agosto de 2010
Invernos que se foram
sábado, 21 de agosto de 2010
Cronômetro
sábado, 31 de julho de 2010
Pequenos balões de Apoline
O cachecol azul tapava-lhe a boca , mas a a alegria demasiada estampava-se durante toda a sua face e aquele sorriso amarelado jamais poderia ser omitido, mesmo nunca tendo sido revelado. Sua viajem naquele balão antigo guiava-se de forma mais rápida, sem mais tormentas. Apoline retirava delicadamente algumas pétalas de roseiras alaranjadas do buquê que ganhara antes de alçar voo, queria compartilhar do seu presente com as nuvens. Nuvens que com suas diversas formas construíam um mundo diferente e místico; Apoline adorava isso, pois as coisas mais belas e amadas eram sempre apreciadas pelos seus orbes em forma de pequenos plumas de algodão. As pétalas vagavam de forma doce, criando um contraste divino com o azul celeste daquela manhã , e assim como elas, sem rumo, Apoline seguia a sua guinada imprecisa, satisfeita com o resultado que obtivera depois que a chuva se passara, o sol adormecera, e o vento acalmara-se.
domingo, 18 de julho de 2010
Liberdade e felicidade
sexta-feira, 2 de julho de 2010
Miosótis
sexta-feira, 25 de junho de 2010
Rabiscos e rachaduras no reflexo pálido
sábado, 19 de junho de 2010
Limítrofe
Caminhe, tente ser rápido e equilibrista, você tem um objetivo, quer encontrar o pedaço do seu coração que lhe roubaram, o mais precioso. Pequenas sombras brancas piscam e você as perde, está desnorteado. Apenas mais uma parte do sistema, obstáculos ópticos. Não desista. Nós somos todas as coisas, é só uma questão de descoberta. Abra os olhos.
sábado, 12 de junho de 2010
Sem destinário
Não consigo simplesmente parar e ficar em qualquer outro lugar que não seja perto de você, te olhando meticulosamente. Todos os seus traços possuem um toque de perfeição, e é quase impossível descravar os meus olhos de ti, assim como livrar-se da gravidade é algo inalcançável.