domingo, 18 de julho de 2010

Liberdade e felicidade


Um rodopio e um grito antes sufocado. Agora você finalmente se sente livre, e o fim nunca soara tão agradável. Seus pés fogem a todo momento, não conseguem simplesmente se manterem fixos no chão. E sua mente, suas mãos, e seu coração seguem o mesmo percurso.
Então, é um novo dia, você se sente mais velho, porém mais forte, como se o sangue derramado tivesse se convertido em algo rígido que novamente acoplara-se ao seu corpo. E assim como a chuva levara todo o calor de seu corpo, a dor levou embora todo o seu amor, agora o seu coração é tão negro quanto o véu cinzento que veste os céus, mas você se sente feliz por tudo isso.
Sombras coloridas dançam como marionetes ambulantes, e gargalhadas ecoam pelo corredor, dentre elas encontra-se a sua, que estava ali a assistir tudo aquilo sentada em meio ao chão empoeirado com aquele bloco de folhas em branco e caneta velha. Não haviam palavras para saltarem por entre os seus lábios, nem para riscarem aquele papel.

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